23 de setembro de 2008

Mais um ciclo...


... está quase acabar o Verão para mim! Desde que me lembro, terá sido um dos mais, ou senão o mais intenso. Ainda muitos certamente virão, mas este é marcante por muitas coisas em que nele se passaram. Faz parte de um ano até agora estrondoso e supremo para mim.

A terminar este Verão, cheio de viagens, tantas paragens por Portugal fora, de trabalho, de experiências, de amadurecimento, de reflexão, de diversão...penso que aqui simbolicamente termino-o também com o fim da leitura do Livro de William Boyd, 'Viagem ao Fundo de Um Coração'. Monstuart vivera a sua vida, de uma forma. Magistral, plena de noção do quanto ele tinha atravessado, e assim deveremos assinalar quando existe um ponto de restauro nas nossas vidas, pois este está assinalado!



(Foto tirada numa das últimas viagens de comboio deste verão)

11 de setembro de 2008

O puro egoismo dos radicais Islâmicos

Diria que todos os radicais o são, pois as suas posições extremadas tendem albergar sempre minorias. Mas hoje, após oito anos de distância do dia em que uns egoístas demonstraram arrepiantemente o desrespeito pela condição humana, refiro-me claro ao 11 de Setembro de 2001, infelizmente, o modo de reivindicação da luta que eles travam com os “infiéis”. Compreendo que a política externa Norte-Americana nos últimos anos não seja factor de estabilidade na união dos povos. Mas é inconcebível que que alguém sacrifique a sua vida em troca de palavras inócuas, de promessas falsas demonstradas no espectro do Paraíso.
Aos 17 anos vi-me a defender a intervenção Americana no Iraque. Na altura não parei para pensar no valor da vida humana. Deixei-me levar pela emoção de um desastre que fora invadido pela era da comunicação, expandido assim a dor daquelas pessoas por todo o mundo. Queria resolver com mais “baixas” um problema que tem raízes profundas. Na Guerra perde-se a razão, e inicia-se uma cadeia de violência. Imagino a raiva que os parentes dos que faleceram naquele dia tinham em demonstrar. Mas depois a frio, consegui imaginar a força interior daqueles que também perderam parte das suas vidas e não conseguiram desejar ódio. Preferiram as palavras. Deve ser um exercício de prova humana, mas único para colocar fim às correntes de violência.
Mas no lado oposto da cultura dos países ocidentais existem pessoas injustiçadas todos os dias por optarem por ser Muçulmano. São confrontados todos os pós ataques terroristas, com olhares desconfiados, com limitações dos seus direitos, com a intromissão na sua vida pessoal. Tudo devido a uma minoria teimosa, que insiste em denegrir a religião que se escuda, utilizando-a para praticar actos sem escrúpulos. Como deveremos classificar esses que colocam em causa a simples rotina de andar no passeio de cabeça levantada, sem serpentear olhares indiscretos. Diria que deveremos classifica-los como os radicais egoístas. Deve ser extremamente difícil viver num mundo onde a liberdade è castrada consecutivamente, olhar para as mãos e verificar a teimosa impotência em alterar os acontecimentos.
Comecei a escrever este post há cerca de um mês, por coincidência é publicado no sétimo aniversário dos atentados.