26 de março de 2008

Formação Partidária

Hoje, vejo que a situação em que o PSD está mergulhado é em muito devido ao viveiro da formação. A JSD.
Pacheco Pereira, disse um dia que era contra as "Jotas". Pois bem, eu discordo na maior parte.
Para mim, antes de mais, militante desde os dezassete anos da estrutura partidária Jovem do PSD, acho que entrar para a Jota, é antes de mais um traço de personalidade. Indicia um rumo de pensamento que está a ser amadurecido. Aos vinte e dois anos, confesso, hoje, que é difícil alguém ter uma convicção sólida onde está a entrar. Agora pensem, nos jovens com quatorze anos. Muito menos, lógico.
As preocupações com que nos debatemos, são questões de ordem "Jovem". Emprego, Condições para Estudar, Obter a primeira casa, etc.
E acredito que toda a gente que entre na JSD, será entre esta motivação e a motivação de fazer o jeito ao amigo que pediu para preencher-se a ficha de militante. (temos de aprender a deixar entrar livremente os militantes sem pressões, saber completamente para onde vão. Difícil ? ninguém disse que iria ser fácil. Eu já aprendi)
Muitos que entram, entram, desligados da actividade partidária e continuam. Outros entram, e depois vão para cargos circunstanciais nos Núcleos.
Alguns vão adquirindo gosto, e acomodação pela obtenção de mais poder. Outros, na maioria significativa, vão para ajudar no que for preciso e por profunda convicção.
Bem, estes que gostam do "postozinho", vão alargando horizontes, até ao "PSD" se intrometer na sua orientação de decisão.
Estes, ao qual eu designo de "maquinistas" prometem ascensão na vida política em troca do peso dos votos da JSD.
Infelizmente, isto ao longo dos anos, em consequência da fartura de lugares que a Jota proporcionava no Parlamento, ajuda ao arrastamento da situação que o Partido vive hoje.
Não falo dos actos de gestão menos conseguidos por quem passou pelo poder. Isso afecta o rumo que se deseja de sucesso. Mas esta estrutura, montada, não produz o sustento do PSD, que a JSD tem implícita nos seus genes.
Acredito que a crise de valores que hoje existe, condiciona a manutenção da coerência, competência, respeito, a que eu aprendi a exigir a quem está comigo dentro da política e além de tudo na vida pessoal.
Mas também acredito que já começa a haver uma regeneração. Vejo isso em muitos militantes no Porto, e acredito que hajam mais por Portugal fora. Mas é preciso que todos os dias, se cultive este valores dentro do Partido e se afaste quem está puramente por benefício pessoal.
A entrada para o Partido deve ser descomprometida da pressão que muitas vezes existe, em ganhar eleições internas.
Sei que alguns acham que o que digo é muito bonito, mas pouco prático. Pois bem, se querem alimentar o cancro. Muito bem.
Se não, teremos de passar melhor as ideias para fora, estar em debate constante nos órgãos próprios e depois agir sempre em grupo. Os propósitos? soluções para os problemas que se colocam, para um bem comum.

21 de março de 2008

Autoridade da Concorrência

Hoje estive a ler os jornais, e vi a reacção do PSD à nomeação do novo presidente da Autoridade da Concorrência (Adc). Manuel Sebastião, substitui, Abel Mateus.
Introduzindo o cargo, em si é um importante garante instrumento de regulação da economia nacional. E com isso a responsabilidade de decidir e intervir sobre pontos vitais da franca concorrência entre sectores da actividade económica, com vista a garantir a defesa do consumidor individual. Este orgão de avaliação é muito recente (2003) na vida económica portuguesa.
O conselho de administração, pode influenciar o rumo de decisões importantes. Assim sendo, porque os responsáveis são decretados por nomeação, é de reflectir a proposta que o PSD pretende levar a discussão.

A proposta que o partido vai levar à Assembleia da República propõe que os conselhos que visam a governação lda AdC, sejam nomeadas pelo Presidente da República. Com isto este cargo deixa de ser associado a uma escolha do Governo que estiver em funções e passa a ser de responsabilidade presidencial.

Existem alguns cargos de nomeação, que pelo seu poder, deveriam ser de responsabilidade presidencial. Evitariamos especulações de ordem partidária sobre o carácter da escolhas. Com isto a transparência nestes casos seria maior.
Não quero colocar em causa que a escolha do último conselho de admnistração da AdC. Até porque o seu presidente parece ter consenso generalizado.

20 de março de 2008

Escolha dos Caminhos

Nem tudo tem um preço
Valores que custam a manter, mas ajudam a crescer
Coisas que custam perder
Mas isso é o preço a pagar para crescer
Exemplificar para mais tarde receber
Duvidar dos valores, para os consolidar
Ferir quando temos de ferir
Magoar para provocar pensamento
Revolta para sentir a existência
Nem tudo tem um preço

18 de março de 2008

O Tempo

Talvez das coisas mais importantes para mim. Por vezes suspiro que passe, por vezes desejo que demore a passar. Mas ele é um acto contínuo, não obedece a ordens, não pode ser mudado. Para mim é importante saber equilibrar a vontade que temos perante a circunstância. Quero com isto dizer, que por muito desejo que tenhamos de realizar algo, devemos o fazer na altura certa. E isso podemos andar uma vida inteira atrás deste acerto que só os dias, os anos, nos dão. O tempo é óptimo, porque deixa que a visão fique mais madura, que capte com mais exactidão, mais pormenor uma determinada situação.
Por vezes partimos, com um pré-ideia, e a melhor forma de confirmar se ela está certa, é deixar correr o tempo.
Passados quase seis meses, deste novo desafio, consigo melhor explicar situações passadas. Particularmente este último ano e meio tem sido completamente preenchido por pura aprendizagem.
Não sei a quem vou atribuir o facto de hoje estar em Faro. Eu desde à uns tempo que tento atribuir autores ao que encontro. A sorte vou atribuir a Deus. Embora não seja, um católico praticante, acho que existe algo a que nós nos temos de agarrar quando tudo falha. E sendo assim, Deus vou incumbir a ti a responsabilidade de seres o portador da minha sorte. Não só nas horas más, deveremos aclamar os teus préstimos. Entrei na segunda opção para a Universidade, e isso hoje, vejo como sorte. Não sei se devo atribuir a responsabilidade à minha Mãe, por ter agido de forma tão racional quando eu começei a falar em vir para Faro e mais tarde ter feito tudo o que era necessário, para que viesse. Não sei se devo atribuir responsabilidade à Natacha, por insistir em que colocasse Turismo em segundo lugar. Não sei se devo atribuir a responsabilidade aos Académicos, e colegas para que eu integra-se tão bem e tão depressa. Aí ressalvo obviamente, o André, o Tiago e a Filipa, mais que colegas, são Amigos.
Só sei que sinto que foi escrito direito por linhas tortas. Não esqueço os Amigos de sempre, suporte de primeira hora, esses que estiveram para ouvir a decisão. Aqueles que tenho a sorte de dizer que eu os escolhi para levarem comigo e eu levar com eles. Eles sabem quem são.
Todos são responsáveis por estar onde estou.
Com seis meses "ás urtigas ", consigo através do Tempo, ver que existem passos decisivos para o futuro. Os valores continuam, o pensamento é o mesmo, só muda o espaço da acção. E temporariamente.Eu dei um, de alguns que vou ter de dar na vida. Este custou, tive de mudar hábitos.
A minha cidade é o Porto. Não o escondo, não trocaria por nada deste mundo. Cidade de sempre, cidade do Sempre. Aprendi a lutar pela minha cidade.
Das coisas que mais me custou foi de não ter o pé no terreno da política portuense. Custa não estar ao lado da Natacha. Acompanho sempre que posso. Marco presença sempre que posso. Mas sinto que não é a mesma coisa.( e não é)
Outras das coisas que aprendi a ter foi confiança. Na política, principalmente quem anda dentro, sabe que é difícil. Mas eu confio no grupo de pessoas que está a tentar fazer algo pela cidade. Já no partido, começo a pensar que isto tem de levar uma volta muito grande. Estou farto de ter dizer que não me revejo, nesta actual personalidade, sem conteúdo, sem valores, imposta pelos actuais líderes. Já mete nojo, esta eterna mania de controlo por tudo e por nada. O PSD é do povo, é uma instituição que é necessária à discussão democrática. Iremos falando.

Terminando como iniciei, saber jogar com o tempo é das coisas mais difíceis de fazer. Mas a distância dos acontecimentos que o tempo provoca é uma arma devastadora de elucidação.

Por fim, André, se não tivesses feito o teu blog, eu não teria esta súbita vontade de escrever.