5 de dezembro de 2009

Relatos de campanha

Estou completamente absorvido pela campanha eleitoral para a Associação Académica.
Tomo a consciência da decisão que tomei ao aceitar o convite. O desgaste, vai aparecendo, a lucidez vai decrescendo mas o sentido de missão, esse está sempre presente.
Nada é como queremos, aparece sempre um detalhe a desviar o plano estabelecido. Acontecem coisas que em teoria não deveriam acontecer. Aparecem poderes que não deveriam aparecer. Isto é suposto ser uma luta de ideias, de projectos, de disponibilidade para o serviço público mas depressa deixa de o ser.
De repente o aspecto material ganha relevo, a ideia desvanece...fico apenas com a deixa teórica que os melhores momentos da história foram quando o homem proporcionou a vitória das ideias sobre o poderio do poder selvagem, do simples poder pelo poder.
O que se passa? pergunto-me constantemente se já não deveríamos estar no auge da pluralidade sã. Mas não, noto um fosso entre quem entra no seu 1º ano de universidade e quem já leva dois nas pernas. Noto a inconstância que o final do ensino secundário proporciona...penso mais uma vez que em 10 minutos não consigo resolver o problema...olho à minha volta e vejo um aluno perdido, explico tudo que sei...sinto que tomou outra percepção da realidade. A moral levanta-se, mas logo vem uma semente de mau estar ao saber que não tenho tempo para falar com o mundo inteiro...que faço? fico paralisado no tempo...
Acordei...dizem.me que estamos numa 2ª volta...tarefa gigantesca esta de transportar a força dos que querem a mudança e daqueles que ainda acham que não têm o poder de mudar.
Posso não ter tempo de alertar todos, posso não ter tempo de gritar o suficiente a todos, mas a cair...vou cair sempre de pé!