22 de novembro de 2008

Desde Obama...

Quase um mês sem escrever, e tanto que escrever...

Os tempos que nós vivemos, eu pelo menos ainda vivo uma euforia controlada após a vitória previsível de Obama, e mais do que isso como é preparada a sucessão, lá mais para Janeiro, onde para já estou a gostar do que vejo. Hillary Clinton, como seria de esperar foi ontem confirmada como secretária de Estado, ainda houve uns rumores que seria uma aposta para a Saúde, mas não passou de isso mesmo, e Obama arruma o Partido, arruma a maior rival neste caminho até à Casa Branca e preenche uma lacuna que lhe é apontada por todos. Falta de experiência na Diplomacia Internacional. Enquanto é arrumada esta questão, a reunião dos G-20 perdeu protagonismo por Obama não estar lá, mas não importância que se confirmará se até Março conseguir-se cumprir o acordado. Antes de Março e logo no inicio do ano, mais concretamente a 20 de Janeiro acontece a tomada de posse do presidente eleito dos E.U.A. que contará com um espectáculo que me suscita, confesso, um particular interesse (factores envolventes da actividade turística) pois a capacidade hoteleira já está quase esgotada. Um evento que proporciona uns bons encaixes aos hotéis de Washington. 250 mil pessoas ocuparão só as escadas do Capitólio, tudo para ver a tomada de posse.
Convidado obrigatório da reunião do G-20, Medvedev, veio a Portugal para dizer olá, seguindo directo ao seu périplo pela América Latina dos Ricos. Visitar Brasil, Venezuela, Perú e Cuba, fazer uma demonstração da saúde da marinha russa com os "aliados" venezuelanos é tentar dar um sinal político, e dizer a Obama que eles estão ali. Acho que ele já sabe, mas forçar a que os E.U.A. retirem o plano de instalação do escudo anti-míssil e esqueçam que o Cáucaso existe é pedir demasiado. Eu vou apreciando estas manobras políticas à moda da "Guerra Fria".
Bem, por cá, caso BPN, Oliveira e Costa detido, Dias Loureiro impedido de ir à Assembleia da República ser inquirido, o porquê não se sabe, nem a bancada parlamentar do PS sabe, vá talvez o Vítor Constâncio, o José Sócrates e o Alberto Martins saibam, o que já chega. Veremos no que isto dá. Numa coisa já reparei, tentativa de imputar aos militantes do PSD uma culpa por a sociedade ter como seus responsáveis também militantes do Partido, e como tal somos todos responsáveis pelos relatórios financeiros e também pela regulação do Banco de Portugal.
Faz-me lembrar a notícia do Presidente da Autoridade da Concorrência e também presidente da Ordem dos Economistas, regula-se a ele próprio. Não está nada mal, é pena é o regulamento não deixar, e assim sendo já está muito mal. Mas o senhor já está habituado a desligar-se dos regulamentos, já aconteceu assim na compra ao Banco Espírito Santo. (eu até dizia que não havia nada a apontar na altura da escolha deste cargo na AdC, bem, dizia)
Mais, Educação é o que falta à politica do mesmo Ministério, eu até defendo a avaliação, pois acho uma ferramenta essencial. Mas fazer o que se fez, em actos verdadeiramente infantis, dignos de quem joga ao braço de ferro nos intervalos das aulas no infantário. E o pior é que depois torna o braço de ferro inútil, em mais inútil ainda por voltar atrás na avaliação. Perdeu o respeito, perdeu a noção, perdeu o tempo de suspender, perdeu o braço de ferro, e só não perde o lugar porque existe alguém no governo que gosta de ver manifestações todas as semanas de modo a realçar a firmeza desta governação... infelizmente.
Para fechar politicamente, a frase que tanto indignou o País. Eu não gostei, acho que ninguém gosta que mesmo que seja uma ironia e se tente afirmar que as reformas só são feitas num período de Ditadura. Foi negativo, e o era em qualquer discurso proferido por quem tem responsabilidades públicas
A selecção de sub-21 mostrou que podemos ter uma boa dose de reforços para os AA. Já esses jogaram em Brasilia porque houve alguém que preferiu 550 mil € a defender o prestigio que tanto demora a construir.