30 de maio de 2008

Toupeiras, oh Toupeirinhas!

Correm dias cinzentos para estes pequenos, mas tão activos seres. Quando perfuram esta terra de gente honesta, que se guia pelo esforço, pelo mérito, e não pelo culto à exposição do poder. Perfuram, muitas vezes sem verem que o poder de decisão já não está ao seu alcance. Bem tentam, utilizam perfeitas encenações baratas, onde confundem-se a si próprias. As suas palavras feitas de pó de tijolo, o vento faz o favor de as levar. Tentam desesperadamente salvarem-se. Encostam-se por proveito e não convicção, gritam por obrigação e não por consciência.
Pena, pena é que podemos sentir. Desprezo, esse já aonde vai. Estamos sempre a tempo de mudar, mas Toupeira uma vez. Toupeira para sempre.
Feliz aquele que respira o ar que expulsa o mau ar.
E elas, elas vão continuar, por esses subterrâneos, esperando o momento certo para vir à tona. O costume, diz-se por aí.

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