5 de dezembro de 2009
Relatos de campanha
Tomo a consciência da decisão que tomei ao aceitar o convite. O desgaste, vai aparecendo, a lucidez vai decrescendo mas o sentido de missão, esse está sempre presente.
Nada é como queremos, aparece sempre um detalhe a desviar o plano estabelecido. Acontecem coisas que em teoria não deveriam acontecer. Aparecem poderes que não deveriam aparecer. Isto é suposto ser uma luta de ideias, de projectos, de disponibilidade para o serviço público mas depressa deixa de o ser.
De repente o aspecto material ganha relevo, a ideia desvanece...fico apenas com a deixa teórica que os melhores momentos da história foram quando o homem proporcionou a vitória das ideias sobre o poderio do poder selvagem, do simples poder pelo poder.
O que se passa? pergunto-me constantemente se já não deveríamos estar no auge da pluralidade sã. Mas não, noto um fosso entre quem entra no seu 1º ano de universidade e quem já leva dois nas pernas. Noto a inconstância que o final do ensino secundário proporciona...penso mais uma vez que em 10 minutos não consigo resolver o problema...olho à minha volta e vejo um aluno perdido, explico tudo que sei...sinto que tomou outra percepção da realidade. A moral levanta-se, mas logo vem uma semente de mau estar ao saber que não tenho tempo para falar com o mundo inteiro...que faço? fico paralisado no tempo...
Acordei...dizem.me que estamos numa 2ª volta...tarefa gigantesca esta de transportar a força dos que querem a mudança e daqueles que ainda acham que não têm o poder de mudar.
Posso não ter tempo de alertar todos, posso não ter tempo de gritar o suficiente a todos, mas a cair...vou cair sempre de pé!
6 de novembro de 2009
A minha Universidade!
Por termos a verdadeira consciência da gravidade do que se passou, começamos a trabalhar nesta junção de vontades bem cedo, de forma a não cair no erro que outros outrora cometeram.
Não foi surpresa encontrar mais gente disposta a incluir-se na causa. Será e é sempre surpresa para mim encontrar gente que embora reconheça que não foi competente, embora não tenha conseguido assegurar a responsabilidade que a sua função assim o exige, tenha a coragem e o descaramento de voltar a candidatar-se a cargos em que não soube estar altura.
Muito do que se vive hoje é devido a uma inexistência de responsabilidades e é chegada a hora de apontar o dedo a quem não merece a confiança, de apontar o dedo a quem não nos defendeu e tem o descaramento de olhar somente para o seu ego.
1 de novembro de 2009
Nobel da Paz
15 de outubro de 2009
Como é que é possivel?
Existem limites no jogo da politica que devem ser respeitados e só mostra que está a sair da politica activa pela porta mais pequena se não mostra razões válidas para o que fez.
12 de outubro de 2009
Rescaldo
Macário Correia - Foram 130 votos mas podia ser só um voto de diferença para dar forma à mudança. Faro poderá reassumir a importância que uma capital de distrito tem o dever de ter.
Intercampus Nestas eleições no último dia saiu uma sondagem a dar empate técnico a Rui Rio vs Elisa Ferreira. No último dia de campanha das Autárquicas d' 2005 saiu uma igual. Os desfechos foram duas maiorias absolutas para Rio. Penso que é patente a desonestidade para com o interesse público
Público Um dos jornais que leio com frequência, no artigo de sexta-feira sobre a campanha no Porto faltou o rigor e a distância. O jornal "I" vai passeando ao lado...
Texeira dos Santos Arriscou tudo por Elisa Ferreira e saiu derrotado.
JSD Porto Meireles parabéns e a todos que sei que foram incansáveis.
Leiria Responsabilidade da direcção Nacional do PSD na perda desta capital de distrito.
Rozeira Impressionante a cadência de vitórias com selo de trabalho feito em Nevogilde. O presidente no seu estilo renova naturalmente a confiança dos eleitores e merece.
10 de outubro de 2009
Autárquicas II
Ao longo destas duas semanas estive em Faro, sobretudo em Faro mas sempre que pude com um ouvido no Porto.
Já vivi algumas campanhas para dizer que o que se passou na capital do Algarve foi vergonhoso e no mínimo indigno para as suas gentes. É impressionante as tarjas distribuídas pela cidade a dizer "inaugurado", "concluído" e tudo pago com dinheiro da autarquia. Houve a par disto uma onda infundada de rumores na tentativa de desacreditar Macário Correia. Desde que escrevi o último post a falar do debate em Faro, não houve um aumento de discussão sobre os problemas estruturais da cidade. E não houve aumento porque não houve debate. Apolinário imiscuiu-se de responder pelo seu projecto, pediu carta em branco ao eleitorado e quis falar de Tavira. Um autarca quando se recandidata tem de falar obrigatoriamente dos 4 anos passados e prestar contas do que fez e do que não fez. Não conhecia com uma maior aproximação Macário Correia, mas hoje estou convicto que é a opção mais certeira que os farenses podem tomar este domingo.
Muitas vezes no auge das campanhas, no calor do combate eleitoral tenta-se chegar a todos de todas as maneiras. Mas não se pode (então numa de Junta de Freguesia é exemplar) galgar as competências do orgão a que se candidata, prometendo mais do que quando for eleito poderá na prática fazer. Esta prática continua regular e sem discussão e só irá ser resolvida quando os candidatos forem elucidados das competências que lhe são conferidas e não as que eles desejariam que fossem conferidas.
Quanto à minha cidade, só posso ter uma escolha. Rui Rio.
O PS foi sobranceiro ao pensar mais uma vez que o Porto se ganha com nomes e grandes figuras.
8 de outubro de 2009
Autárquicas
Entramos na recta final dos três actos eleitorais e sem dúvida alguma nas cidades que mais directamente me dizem respeito espero que segunda-feira Rui Rio e Macário Correia sejam conduzidos como presidentes da câmara do Porto e de Faro.
19 de setembro de 2009
O Acontecimento
Acho que estou incrivelmente parvo com o que aconteceu...
É daquelas coisas que se passam nos pesadelos, mas depois acordamos e vemos que foi só algo mau durante a noite...só que desta vez acordei e não foi só algo mau.
Tempo
12 de setembro de 2009
Ontem em Debate sobre a Segurança Urbana
5 de setembro de 2009
Legislativas
Ao longo destes últimos 4 anos e meio, vejo que houve um tributo à falta de palavra, à falta do compromisso assumido. Mais do que promessas circunstanciais, tem faltado aos responsáveis políticos adequação dos seus programas eleitorais à situação do pais real. Não raras as vezes, e desde Durão Barroso até Sócrates que após tomarem posse administrativa deixam cair propostas defendidas pouco tempo antes. Justificam-se dizendo que tomaram essa decisão no superior interesse nacional. Mas se os seus programas não estavam inteirados da situação politica que iriam assumir então terão de ser apelidados de insuficientes ou incapacitados líderes políticos.
No cenário que está sendo colocado, o partido que vencer não irá conseguir maioria absoluta. Será uma legislatura que implicará uma sensibilidade especial para a cedência e convergência. Algo que o actual governo não demonstrou em diversos momentos, desde a educação à saúde. Não demonstrou principalmente respeito pelo direito de ter uma opinião contrária, impôs-se como o dono da razão. Receio isso tenha sido provocado pelo à vontade que uma maioria parlamentar dá. Não teve de lutar muito pelo resultado obtido à 4 anos e foi contemplado, agora penso para mim que ficou assente que uma maioria dada num cheque em branco é um erro, há que fazer demonstrar antes se tem capacidade para utilizar uma maioria.
Num país que está mergulhado em problemas económicos desde à alguns anos, não adianta estar constantemente com analgésicos. Sabemos que temos um estado demasiado grande e que consome quase o PIB, que temos problemas de competitividade em relação a outros países e não fazemos nada de fundo para resolver.
Esta máquina de "700 000 funcionários, cerca de 3 400 000 reformados, perto de 350 000 titulares do RSI, uns 300 000 desempregados" é pesada e precisa de ser diminuída o quanto antes.
Não concebo na minha ideia um partido que defenda o aumento do Estado quando sabemos que neste momento isso é um problema.
Quando falamos em como colocar a nossa economia mais competitiva, andamos às apalpadelas, mexendo ora aqui ora acolá a ver se algo mexe e melhora. Mas sem eficácia, sem um plano estabelecido de acção. Sabe-se que o tecido empresarial em Portugal é quase composto por Micro e PME'S mas só se preocupam com estas no último ano. Abre-se recheadas linhas de crédito para elas mas que estas não podem aceder por estarem com a corda na garganta e não poderem corresponder aos requisitos de acesso. E muitas vezes por dívidas do próprio Estado.
Quanto à mais que batida questão das obras públicas, existe uma coisa que nenhum partido assume como exigência, é que os orçamentos sejam cumpridos, que não haja derrapagens absurdas. A par disso uma justa promoção dos concursos públicos que permita não só às grandes empresas concorrer. Na substância, defendo que a construção do futuro aeroporto de Alcochete seja feito em módulos e o TGV adiado para uma conjuntura melhor.
Gostaria que houvesse um entendimento sustentado para que a questão da Regionalização fosse lançada definitivamente. O casamento entre homossexuais é uma questão que já deveria estar tratada nesta anterior legislatura mas este governo revelou falta de pragmatismo para umas coisas e demasiada cerimónia para outras.
Na educação é imperativo a instauração de um clima de convergência e de integridade entre a tutela, os professores e os alunos. Mas sempre sem abdicar da avaliação dos professores, num outro formato em que todos se sintam valorizados.
Penso que nenhum partido alguma vez irá responder completamente ao que penso e quero. Algumas coisas consigo encontrar no programa do PS, como o casamento dos homossexuais e a Regionalização. Mas maioria encontro no programa do PSD. A questão da regionalização é aquela que mais me preocupa não ser objecto de inclusão no programa do PSD, contudo tenho esperança que se continue a levantar vozes dentro do partido que suscitem o debate e a sua introdução na agenda nos próximos 4 anos. Quanto ao casamento do Homossexuais acho que é uma questão que já deveria ter sido rectificada e resolvida na Assembleia da República nesta anterior legislatura. E nesse aspecto acho vergonhoso que o PS faça disso uma bandeira no seu programa eleitoral quando já podia ter resolvido o assunto. (Aqui é que vejo o peso das juventudes partidárias em cada partido)
Considero desde há muito tempo que estamos a viver simultaneamente uma crise económica e de valores. Sendo pragmático, nas duas opções que dispomos José Sócrates e Manuela Ferreira Leite, só consigo ver a segunda a ter autoridade moral para atacar as duas. Porquê? por tudo o que se passou nestes quatro anos, pode-se dizer que nunca se provou nada acerca de Sócrates mas quem disser que confia nele não está a falar verdade. A dúvida irá sempre pairar, e se vier outro caso em que é implicado?
Para mim um cargo como o que vai a votos tem de estar rodeado da minha confiança na pessoa e na ética com que a acompanha. Se não fosse assim, em Oeiras votaria Isaltino, em Felgueiras votaria na actual presidente.
Sendo eficaz com o que posso fazer com o meu voto, votarei no PSD. Talvez seja o voto mais consciente que faça. Talvez seja a última vez que a esperança e o romantismo que a juventude traz acompanhe a minha consciência. Como muitos, não suportarei muito mais tempo que não se faça o que se diz.
31 de agosto de 2009
O atestado de Juventude PS!
Devemos acreditar na versão Carolina Patrocínio que faz um discurso económico ou devemos acreditar na Carolina Patrocínio que só come cerejas se a empregada os tirar?
Existe sempre a hipótese de ser a mesma para as duas versões, mas suspeito, pois a do discurso económico foi revelada num comício do PS. Receio que seja só maquilhagem partidária, infelizmente.
Carolina disse que saímos da recessão técnica, que crescemos uns auspiciosos 0.3%. Mas esqueceu-se dizer que a taxa de desemprego é de 9.1% e que os jovens dos 17 aos 24 anos tem uma taxa de desemprego de 18.1% e os que possuem grau de escolaridade superior tem uma taxa de 17.5%. Esqueceu-se de dizer o que é que este governo (não) fez para combater essa situação.
Era suposto uma mandatária para a juventude preocupar-se com os jovens e os seus problemas.
Não é difícil cara mandatária, está tudo no site do Instituto Nacional de Estatística.
Ps:.Colocar uma pessoa a representar a juventude portuguesa, pelo protagonismo que a televisão dá é um serviço público perfeitamente dispensável. Uma escolha plástica que deve ser refutada e imputada ao actual candidato PS.
19 de agosto de 2009
Voto de protesto
Ainda bem que começa a existir esta percepção da gravidade do que pode vir acontecer.
11 de agosto de 2009
"Dennis, o pimentinha"
Se perder, aí resta apelar ao novo secretário-geral que tenha piedade e confie no conhecimento entretanto adquirido em tarefa tão exigente.
António Preto
9 de agosto de 2009
O poder de ser líder
Confesso que fiquei surpreendido com alguns nomes. A indicação de Maria José Nogueira Pinto penso que é errada. Não pelo que pode dar à bancada parlamentar e ao pais, mas pela desautorização que Manuela Ferreira leite faz a si própria, e no sinal que dá ao eleitorado de Lisboa acerca do candidato Santana Lopes. Como sabemos, MJNP apoia António Costa. Se esta escolha tivesse cercada por uma distância temporal ainda se poderia aceitar, assim não.
O nome de João de Deus Pinheiro, também causa alguma estranheza depois de ter sido apelidado um do deputados europeus com fraco desempenho. Também actual presidente da distrital da JSD Porto Vales nada fez para estar nas listas, quanto mais estar em lugares elegíveis. Só conseguiu porque não se submeteu ao julgamento interno do distrito.
O facto de Pedro Passos Coelho não estar na lista é por mim uma escolha que se retirarmos a carga dramática que se coloca é natural. Poderia estar ou não estar, é uma escolha que deve ser respeitada e e fica mal o próprio a apelidar de sectária uma decisão que o envolve directamente.
De referir que a JSD volta a estar representada ao nível dos tempos de Cavaco Silva, inversão dos sinais das últimas eleições.
Temo que esta lista seja demasiado direccionada para um partido que vá ser governo e não coloca a hipótese de continuar na oposição. Neste aspecto acho-a curta, bastante curta, sabendo que o resultado está bastante incerto e paira o empate técnico no ar.
A condenação de Isaltino Morais servirá para este usar como uma alavanca para as eleições, mas com isso revela uma falta de respeito pela política. Acerca deste assunto, plenamente de acordo com o ex-bastonário da ordem dos advogados Rogério Alves, a lei deve impedir que depois destas condenações, os candidatos possam candidatar-se a cargos públicos num momento posterior. A lei é encarada como justa se também a sua eficácia for aplicada na proporção do bom senso, e é notório que aqui se evitaria que Isaltino se servisse do circo que se montou para estimular a sua eleição.
Uma palavra de registo para o desaparecimento de Raúl Solnado. Um grande português e um grande génio português.
5 de julho de 2009
Michael Jackson!
4 de julho de 2009
Estes tempos politicos...
O modo como Sócrates resolveu o incidente no debate da Nação, leva-me a elogiar a sua rápida e eficaz reacção. Da forma clara que a bancada parlamentar se demarcou, do pedido de desculpas que apresentou, de como resolveu a substituição do ministro e até a declaração que fez aos jornalistas. Soube responder com bom senso e sentido de responsabilidade ao facto criado.
Prestes a chegar os tempo de campanhas autárquicas, vi com muito interesse o debate que houve entre Macário Correia e José Apolinário sobre o futuro de Faro.
Num anfiteatro apinhado para ouvir o que ambos propõem para os próximos 4 anos, era um "intruso" que partia com um conhecimento demasiado vago dos dois para ter uma opinião minimamente fundada, e por isso foi importante assistir in Loco ao seus respectivos desempenhos na hora de confrontar ideias. O começo foi bem distinto, Apolinário ao ataque declarado dando a entender a insegurança que Macário provoca. Do outro lado constatava-se a serenidade e a lição bem estudada.
Exageradamente o candidato do PS falou do mandato que Macário desempenhou em Tavira e desperdiçou tempo para falar do que quer fazer em Faro. O discurso de união em torno de uma causa, a noção que Faro só tem a ganhar com uma estratégia conjunta com os concelhos à volta, o apontar soluções para problemas chave na cidade e o obrigatório exame ao mandato do actual presidente da Câmara deixam a noção que Macário sabia que não tinha tempo para abranger todos os assuntos e tinha de apelar ao pragmatismo. Espero ter mais oportunidades para confirmar as boa impressões deixadas para o futuro de Faro.
No Porto chegam boas indicações para a reeleição de Rui Rio. Mas aprendemos que sondagens não são instrumento de confiança neste momento e todo o cuidado será pouco.
27 de junho de 2009
Oportunidade perdida
Já houve um caso em 1987 que permitiu atestar que a população sabe fazer a distinção nas urnas. De acordo com o "Público" as eleições ficariam por 19 milhões de euros e com a junção das duas pouparia-se cerca de 4 milhões de euros. O factor financeiro e o factor abstenção seriam as faces mais visíveis do pragmatismo de duas eleições em simultâneo.
A posição dos partidos era clara. Todos contra as eleições no mesmo dia, tirando o PSD. Achei bem que a posição do partido fosse clara e bem definida. Claro que está adjacente uma estratégia de tirar dividendos eleitorais juntando as eleições, seria falta senso não referir isso.
Mas espero sobretudo que em diante e principalmente quando surgir a oportunidade de ser governo outra vez, os argumentos hoje válidos sejam acompanhados de uma certa dose de coerência e a posição assumida hoje seja avaliada numa próxima vez.
Assim se afirma a credibilidade na politica e se implanta solidez no discurso que tantas vezes está afastada no nosso sistema politico.
25 de junho de 2009
TVI é melhor que acendalhas!
Vamos por partes, o estado tem uma "Golden Share" na PT. Ou seja, o Estado reserva para si pareceres sobre a gerência do grupo detendo uma posição accionista e podendo vetar decisões estratégicas para a empresa como a compra e alienação de activos.
Desde à alguns anos que a Comissão Europeia tem vindo a lutar pelo fim das "Golden Share's" e o Estado tem até ao fim do próximo mês de Julho para justificar o porquê de ainda ter esta posição de vantagem.
O enquadramento, a harmonia em que esta situação se dá é no mínimo bastante suspeita.
O mesmo canal tem na sua grelha um jornal que à sexta-feira (independentemente das peças jornalísticas) não tem sido agradável para o actual governo, inclusive o primeiro-ministro já se insurgiu directamente contra a apresentadora. Juntando a isto, na última semana falou-se da candidatura de José Eduardo Moniz à presidência do Benfica, o que provocaria a sua saída de Director-geral da estação, e consequentemente poderia ditar um rumo editorial diferente do até aqui demonstrado. Se cruzarmos os dados conseguimos ver que é estranha a sucessão de factos.
Mas se o Estado já tivesse abdicado a sua posição, o actual Director-geral tivesse sido candidato ao Benfica e depois houvesse uma alteração da linha editorial da TVI não haveria muito a cruzar com decisões politicas.
Mas a TVI tem sido uma fogueira que queima este governo, mesmo nestes dias quando nada o poderia fazer prever. O debate na assembleia da República vi os primeiros cartuchos a serem queimados e nunca pensei que isto chegasse a estas proporções. Mas agora fazendo uma recapitulação do que se tem passado, desde a eficácia com que Manuela Ferreira Leite atacou este assunto na entrevista na SIC, à vigorosa chamada de atenção que o Presidente da República fez sobre o caso e que provocou que Zeinal Bava (CEO da PT) fosse ao telejornal dar explicações.
Mas entretanto, houve uma inversão estratégica do governo e o negocio foi por água a baixo porque o efeito estava a ser demasiado perverso. Concluindo, o arranjo que como dizem estava a ser feito à uns meses ao mais alto nível entre as instâncias governamentais e empresariais, só deu prejuízo ao PS e ainda deu para dar mais balanço á oposição.
10 de junho de 2009
Europeias
Mas houve um que continua, e principalmente nestas eleições (Parlamento Europeu) a ser negativo. A elevada abstenção. Sabemos que o cenário foi semelhante pela Europa fora mas devemos é ter a preocupação presente dentro deste canto à beira mar. Parafraseando o professor Marcelo "Não votar é deitar fora um direito e perder autoridade moral para criticar os eleitos e os seus mandatos". Na noite de domingo ao jantar perguntei quem tinha ido votar da família e em 9 pessoas 7 não quiserem exercer o seu direito. As razões variavam pelo desalento com a vida politica actual, pelo desinteresse que estas eleições significavam, a preguiça de a secção de voto ser relativamente longe. Eu dentro do possível ainda tentei incentivar o voto de Norte a Sul. Continuarei a fazer um esforço para compreender a ausência de vontade para votar, mas fico desconcertado ao ver essas mesmas pessoas cheias de autoridade moral a discutir a legitimidade que depois os eleitos possam ter.
Passando à substância destas eleições, muito se falou de não se discutir politicas verdadeiramente Europeias. Acho que seria difícil isso acontecer no actual contexto. Se pararmos um momento no tempo, verificamos que ultimamente o que tem faltado é humildade para ouvir os sinais vindos da população, descer à terra, não refugiando em mera teoria os problemas diários. É claro que por conveniência estratégica convinha ao PS tentar entrar com a campanha dentro da "Europa". Mas seria falta de visão politica aos restantes partidos, da esquerda à direita não centrarem a sua acção sobre a crise. E assim foi. Agora é demasiado fácil comentar o perfil dos candidatos e estabelecer a devida comparação com os resultados de domingo. Acho que foi muito bom ter candidatos novos como Nuno Melo e Paulo Rangel, ar mais fresco para a nossa vida politica. O Bloco com o irmão Portas e a CDU com Ilda Figueiredo seguiram as orientações dos últimos anos e capitalizaram o descontentamento existente. O PS com Vital Moreira demonstrou a sensação do "Cavalo errado". Foram demasiados erros, a obrigar Sócrates a entrar mais na campanha mas já sem margem para justificar os tiros nos pés. E agora também não é difícil dizer que Vital Moreira fez uma actuação tão amorfa e sem ideias quanto o teor do Congresso de Espinho em que anunciaram o seu nome.
Um apontamento para o descalabro das sondagens. Já não é a primeira vez e são autênticos suplementos vitaminicos para as maiores vitimas. Que diga o CDS!!
Cantaram vitória 4 dos 5 partidos com assento parlamentar. A politica é pródiga nestes coisas, até mesmo ver na noite da vitória pessoas que desde o primeiro momento utilizam os seus instintos em sentido contrário, mas para quem conhece o meio...é política.
31 de maio de 2009
Nestes dias...
Mais uma vez o tempo vai ser o meu aliado mas desta parto com uma certeza e isso nunca tinha acontecido.
É bom saber que não estou certo mas pelo menos não estou errado. Até agora valeu a pena todos os momentos de dúvida, todos os momentos em que pus em causa as razões do ser.
Continuo a abrir portas e a escolher as que quero abrir.
Existem coisas completamente inexplicáveis e que me obrigam a não querer saber porque acontecem.
Quero somente sentir os resquícios destes momentos.
2 de maio de 2009
Cumprir Abril?!
Para mim, que nasci depois da revolução. Para mim que sou um apaixonado dessa parte da história de Portugal, do que entendo que foi o Estado Novo e do que continuo a aprender, acho que quer queiram quer não a missão de 1974 foi feita e maravilhosamente realizada.
Liberdade e Guerra do Ultramar. Conseguiu-se instalar uma democracia e com isso concretizar o fim da guerra e instaurar a liberdade. Isto para mim é, foi e será sempre a missão de Abril.
O problema não foi Abril. Não! O problema é que depois desse mês vem Maio, Junho...e por aí adiante. Se ainda hoje querem dar mais vida ao que se passou em 74', se ainda tem-se vontade real de o fazer, preserve-se a liberdade e a paz que essas gerações conseguiram devolver. A revolução correu como planeado. Correu porque sabíamos o que queríamos. Correu porque se delineou um plano para o que se queria e com competência bastou cumprir o estabelecido. Aqui entra a segunda grande lição. Saber o que se quer e saber como se vai para lá.
Sou um privilegiado, falo livre e sem amordaças. Escrevo sem impedimentos. Escrevo sem a certeza de ir para a guerra e não saber se um dia irei voltar. Escrevo e falo sem medo de ser interrogado e colocado à margem da vida. Para mim cumpriu-se.
Queremos sempre tudo. Não caí o mal ao mundo por termos ambição, mas querer sem saber como querer, pouco se fazer para o que se pensa querer, com isso abre-se a porta ao velho fado lusitano. Combate-se a desilusão com os feitos do passado, atribui-se culpas ao que se passou. Mas não se mudam mentalidades nem se admite que se errou.
Volto a dizer que os homens que fizeram o dia 25 de Abril, cumpriram a sua missão. Cumpriram Abril.
18 de abril de 2009
Em crise compramos tudo
A única certeza que temos é que o tempo continua a passar, e se não recuperamos a firmeza e astúcia de outra hora, isto pode ainda ficar mais negro.
Cada vez que olho para o modo como as coisa estão, cada vez que leio alguns desconformados (sejam qual quadrante politico ou ideológico) e sublinho desconformados pois neste momento interessa que esses puxem o resto para a realidade. Puxem para cima a exigência e o trabalho, as metas e as motivações. Juntemos a isso convicção e ambição.
Ambição essa, que terá de ser reconstrutora, pois é aqui que reside o epicentro do problema. Esta deixou de casar com a exigência e caímos no marasmo em que estamos. Deixemos o mérito trabalhar e fazer a sua parte.
Não estamos em posição de sacrificar os outros por metas pessoais.
Vivemos momentos em que não podemos tratar as coisas pelos nomes. Não podemos chamar incompetente a um incompetente.
Grande parte da resposta à pergunta de como edificaremos o nosso futuro, passa por começarmos a assumir responsabilidades pelo que fazemos, sem medo. E aos directamente e indirectamente afectados, exigirem satisfações e apuramento de responsabilidades. Em crise não podemos comprar tudo.
29 de março de 2009
Basta!!
22 de fevereiro de 2009
Imagino, e tão bem...
14 de fevereiro de 2009
Breves
Frederico Gil, que orgulho ver um tenista a emergir cada vez mais entre os melhores.
Freeport, correm ventos que o processo é arquivado em Abril e o ilustre antigo ministro do Ambiente apresenta logo a sua demissão.
Mau, muito mau, saber que em 2008 o crescimento foi 0%...andamos a boiar sem saber quando vamos chegar a terra firme.(E não me venham com a história do os outros também estão)
31 de janeiro de 2009
Caso 'Freeport'
O ex-presidente da República Jorge Sampaio pediu uma definição clara do que deve ser um Governo de gestão, e é bastante importante que haja uma clara definição.
Se o fim de tudo isto acabar num jantar de amigos, com palmadinhas nas costas, já era bom que houvesse um debruçar sobre estes pontos.
O resto é cedo para falar, mas continuo a ver algo que tenho vindo a dizer. Quando este PM tem uma situação que lhe saí fora do controlo, tem grandes dificuldades em a reagir.
Para terminar só um apontamento, a entrevista de Diogo Freitas do Amaral à SicN parecia um obrigado pelo convite de ter ido para o Governo.
26 de janeiro de 2009
Grande precupação
Augusto Santos Silva até quando?
21 de janeiro de 2009
Reflexão sobre as eleições na AAUAlg
Decerto que todos os puritanos não esperam que de repente apareça uma amnésia politicamente correcta. Um instrumento que impeça que se olhe para trás.
Bem, se acreditam serão ludibriados pela vossa astúcia cega mas não vinculativa.
Na hora de entregar as chaves da vitória e da bajulação não faltaram com certeza personagens. Devemos saber o momento de ser politicamente correctos e devemos saber quando não devemos ser tão submissos.
Passado este tempo de hiato, devo confessar que foi uma experiência bastante enriquecedora e estimulante.
A história é sempre construída por parcelas que se encaixam umas nas outras. Muitas completamente dependentes umas das outras. A palavra evolução existe partindo do princípio que existe um determinado estádio e que este tem um processo de crescimento, de desenvolvimento que o levará a outra estrutura. Com isto quero dizer que é profundamente errado querer discutir o futuro sem o poder apoiar em bases passadas. Houve um obstáculo constante a referências passadas. Percebo perfeitamente que queiram que os candidatos a uma direcção geral (DG) projectem as suas ideias, mas é contra producente que não se explique o teor de acções que claramente influenciam os projectos que cada um possa vir apresentar, tendo em conta que algumas ideias são influenciadas por políticas anteriores. Uma coisa é querer como muitos chamam e com razão lavar "roupa suja", outra é propor a evolução explicando como, porquê e para quê.
Aqueles que esconderam ou pactuaram com quem foi lascivo nos interesses da Academia serão sempre cúmplices de alguns problemas refutados pelos alunos. Continuo a não pactuar com aqueles que não defendem e não defenderam o trabalho como a legitimidade verdadeira para estar no serviço público. Vou ser sempre rígido quanto a isto.
Quando mais o tempo avançava, mais de perto via-se aqueles que estavam a lidar com estes assuntos de forma mais conhecedora e pragmática. Se por um lado queremos sempre contar com os melhores, por outro deve-se ter a obrigação moral de atrair novos actores para o associativismo. Aquilo que não se deve permitir a ninguém é a sobreposição. Quando vemos estudantes sem qualquer tipo de experiência a dar o corpo às balas, quando vemos estudantes que para além da vontade, não se esquecem da humildade temos de aplaudir e nunca tentar esfriar as suas acções. É no mínimo desonroso tentar ombrear com estas situações. Devemos sempre tentar proporcionar integração e nunca afastamento.
Na nossa vida, ao longo do tempo iremos ocupar cargos que nos exigem postura e distanciamento. Não deixamos de ter a nossa opinião, o nosso pensamento. Devemos ter em conta quando podemos ou não representar o nosso interesse sem afectar o geral. Mas nunca colocar o ego à frente do interesse a que se está vinculado.
Durante estas eleições havia uma noção que provavelmente iríamos ter uma segunda volta para a DG. Esta segunda volta assumiu um carácter diferente da primeira. Com todos os órgãos já eleitos menos a DG iríamos ter à prova o princípio que eu acima referi. Sinceramente não consigo ter o alcance suficiente de todos os órgãos para dizer quem soube fazer a diferenciação. Mas existem dois órgãos inequivocamente importantes na composição da estrutura electiva que pela sua essência devem ser imparciais. A Assembleia Magna e o Conselho Fiscal. Quem fosse o vencedor deve ter uma colaboração estreita com estes dois órgãos.
Como disse, podemos ter as nossas preferências mas tendo sempre em conta o interesse geral. A imparcialidade não pode ser oferecida como garantia numa campanha eleitoral e depois da eleição à primeira ocasião ser esquecida. É de uma falta de noção total do interesse geral dos alunos e que coloca em causa uma politica de actuação isenta e que se pretende de julgamento independente da DG.
O que se passou no dia da eleição com representantes do conselho fiscal eleitos, a ter actividade parcial a favor de uma lista em desfavor de outra é uma demonstração clara da violação e da clara tendência que não nos garante que o trabalho a que foram sufragados seja desempenhado de forma correcta. Por mais desculpas que se idealizem, nenhuma irá repor o capital de confiança destruído. Seria quanto a mim e quanto a todos que defendem a independência dos órgãos não haver consequências para este tipo de atitudes. Quer por respeito a eles próprios, quer pelo respeito que devem a todo o edifício associativo da Universidade.
O direito de exigir responsabilidades não se esgotou. Pelo contrário, aumentou pelo conhecimento que adquirimos, aumentou pela obrigação que temos e ser fiscalizadores a todo o momento do que nos diz respeito. Quem se alhear será somente mais um.
Vai sendo altura de na nossa sociedade exigir-se a cobrança de responsabilidade, e nós que seremos os líderes do amanhã, não podemos pactuar com esta indiferença constante.
17 de janeiro de 2009
O passado da História
Mas posso dizer, que estarei num momento político que é um acontecimento exuberante, algo que marca o tempo e a época. Para lá de um fantástico ano em primárias, depois na eleição oficial, vejo um senhor, que eleva a motivação na política a índices que eu nunca tinha visto. E acrescentado já estes interessantes últimos tempos, junta-se uma crise internacional gravíssima. A conjuntura leva a que se deposite muito do que temos, na inteligência de Barack Obama. Os americanos mais, óbvio. Mas de nós leva o facto de sermos uma economia pequena e que anda a reboque das maiores, e leva também a motivação que não se sente em Portugal quando se fala em actores políticos. Eu não espero truques mágicos, não espero coelhos da cartola. Apenas e só espero a confirmação da vitória da ponderação, da inteligência sobre o que se passou nos últimos anos na política Americana. Serei um seguidor atento, como muitos, daquilo que se irá passar em diante. Mas do pouco, muito pouco que já deu para ver, algo já mudou a começar pela forma com que se aborda a questão do Médio Oriente.
Walk of Life
Anos passam, continuará a haver coisas que nunca conseguirei explicar,porque nenhum dos mortais conseguiria, Disso tenho a certeza, e cada vez haverá menos...
Passa rápido, implacável, frio, mas sempre tornei a decisão constante... não é fácil, mas quem disse que ia ser fácil? é melhor sermos o que realmente queremos ser, a viver amordaçados num interior que irá sempre reivindicar um futuro perdido.
E hoje, habito dentro dos meus moldes, em harmonia com as minha decisões, e constantemente habilitado a pensar no momento seguinte. Guardo isso bem, porque o valor que demorou a construir, os erros que demoraram a ser reparados, são tempos que jamais poderei repetir.
Guardo o que de bom, tenho de guardar, não posso é passar ao lado da minha consciência. Pelo menos atraiçoa-la. Dou tempo a que ela compreenda que às vezes devemos ser mais brandos. Mas não digo de rajada, digo suavemente. Não retenho rancor a ninguém, mesmo que às vezes pareça,mas não desculpo nada, porque desculpas não apagam, nem mudam nada. Não rejeito o mais pequeno dos cenários, mas se coisa me orgulha é de poder escolher o que quero, e cenários são coisas que podem ficar adiados eternamente.
Talvez exija demais a quem tão pouco tem para mostrar. Mas sempre na certeza que o exijo é retribuído em igual proporção.
Esperar pelos momentos certos para justificar opções, pode ser que resulte. Sinceramente o que mais quero é acreditar nisso.